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12h20m - 25 de Maio de 2012
Atualizado em 13h03m
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AGÊNCIA MINAS
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Alimentos cultivados são doados para escolas públicas, creches, unidades de Apaes e instituições filantrópicas
O cultivo de horta com técnicas agroecológicas por detentos do presídio
de Campos Gerais, no Sul de Minas, está incentivando a socialização de
homens que cumprem pena no local. A iniciativa, que conta com a
participação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG),
regional Alfenas, gera ainda alimentos mais saudáveis que abastecem
escolas públicas, creches, unidades da Apaes e instituições
filantrópicas do município. Também motiva o bom comportamento do preso,
pois permite a redução da pena. A cada três dias trabalhados, o
presidiário diminui em um dia o período da condenação.
O presidio de Campos Gerais abriga 59 presos em regime fechado. A
horta, que ocupa cerca de 10 mil metros quadrados, é cultivada em um
terreno alugado pela prefeitura. As mudas foram adquiridas com recursos
do Conselho da Comunidade. No local estão sendo cultivadas verduras e
legumes variados como alface, couve, beterraba, cenoura, repolho,
cebolinha, salsa, abóbora, pepino, quiabo, jiló, berinjela, tomate
cereja, pimenta, e em breve mandioca, segundo a extensionista da
Emater-MG.
Todo o plantio obedece às recomendações técnicas da empresa, que
recomenda a utilização de caldas naturais à base de plantas, para
combater doenças e pragas, evitando assim produtos químicos na produção.
“As galinhas poedeiras criadas no local também são úteis para o manejo
natural das plantas, pois fornecem esterco que é usado como adubos”,
informa a técnica Martinez.
O diretor adjunto do presídio, Carlos Roberto Aguiar Júnior, confirma
que a instituição já trabalha com a perspectiva de incluir mais detentos
na atividade. “Estamos aguardando a reforma de mais um anexo para
abrigar os presos de regime semiaberto, que hoje têm autorização do juiz
da comarca de Campos Gerais para cumprir a pena fora daqui. Quando esse
espaço estiver pronto, vamos incluir mais internos no trabalho”,
garante.
Para o diretor, “o trabalho dignifica o homem” e por isso, os presos
participantes do projeto estão satisfeitos com os resultados. “Percebo
que eles se sentem bem, principalmente durante a distribuição dos
produtos para a comunidade. Esperamos contar cada vez mais com a ajuda
da Emater-MG”, salienta.
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