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22/05/2012 - 19h07
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Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
Brasília - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) terá que se
defender sozinho no processo que responde no Conselho de Ética do
Senado. Depois do advogado Rui Cruvinel ter faltado ao depoimento que
prestaria como testemunha de defesa do senador, hoje (22) foi a vez do
empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
avisar que não irá depor a favor de Demóstenes.
Diante da ausência das duas testemunhas de defesa do senador, o
presidente do conselho acha que Demóstenes precisará ser ainda mais
convincente em seu depoimento para tentar escapar de um pedido de
cassação do mandato. “As duas testemunhas arroladas decidiram não
comparecer. O relator afirma que vai trabalhar com as provas de que ele
dispõe. E tem o depoimento do senador que é muito importante. Ele
[Demóstenes] vai ter que convencer”, disse Valadares à Agência Brasil.
O Conselho de Ética do Senado está processando Demóstenes Torres por
causa das relações com Cachoeira. O senador goiano é acusado de ter
agido em favor do empresário, suspeito de comandar um esquema de jogos
ilegais, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e tráfico de
influência. O senador, que se declarou amigo íntimo do empresário, é
suspeito de receber dinheiro e atuar no Senado em favor dos interesses
da quadrilha descoberta pela Polícia Federal nas operações Monte Carlo e
Vegas.
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