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28/05/2012 - 6h46
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Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
Em discurso emocionado, Haneke agradeceu aos jurados e aos atores
Emanuelle Riva, de 85 anos, e Jean-Louis Trintignant, 81, que
interpretam um casal de idosos que enfrentam juntos a grave doença da
mulher. Ao entregar o prêmio, o presidente do júri, Nanni Moretti,
ressaltou que a interpretação dos atores foi fundamental para o sucesso
do filme. O casal subiu ao palco com o diretor para receber o prêmio.
Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
Brasília – O diretor austríaco Michael Haneke ganhou a Palma de
Ouro, principal prêmio do 65º Festival de Cannes, na França. O anúncio
ocorreu ontem (27), sob chuva e muitos aplausos. O diretor venceu com o
filme Amour (Amor, em português). Pela segunda vez, ele foi premiado. Haneke é conhecido pelo filme O Pianista, mas em 2009, ele recebeu a Palma de Ouro pelo longa A Fita Branca.
No filme, Emanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant interpretam um
casal que se ama e mantém a cumplicidade. Os dois pouco se comunicam
verbalmente, mas se entendem. Porém, essa relação é abalada quando a
mulher fica gravemente doente.
Amour (o nome do filme em francês) ocorre em um apartamento
em Paris e retrata a deterioração acarretada pela velhice, refletindo
com compaixão a dor de assistir à doença e à morte. "Quando se chega a
uma certa idade, o sofrimento inevitavelmente te comove. É tudo o que
queria mostrar, nada mais", disse Haneke.
Nas demais premiações, a melhor interpretação feminina foi dividido
entre Cosmina Stratan e Cristina Flutur, pela atuação delas em Post Lux Tenebras (em português, Mensagem à Luz das Trevas). Mads Mikkelsen foi escolhido como melhor ator pela interpretação em Hunt, de Thomas Vintenberg.
O melhor roteiro ficou com o romeno Cristian Mungiú, que dirigiu o filme Beyond The Hills (Atrás das Colinas, em português) e a melhor direção com o mexicano Carlos Reygadas, com o filme Post Lux Tenebras (em português, Mensagem à Luz das Trevas). O Grande Prêmio ficou com Mattheo Garone, com Reality, e o Prêmio do Júri com Ken Loach, com Angels’s Share (em português, A Parte dos Anjos).
No último dia 22, o cineasta brasileiro Nelson Pereira dos Santos,
de 84 anos, foi aplaudido de pé pela plateia após a exibição do filme,
dirigido por ele, A Música segundo Tom Jobim.
A homenagem a Santos ocorreu no momento em que o Brasil foi
escolhido pela direção do festival como convidado de honra desta edição.
O filme foi feito em parceria com Dora Jobim, neta de Tom.
*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI//
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