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25/05/2012 - 14h31
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Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira
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Brasília – A inadimplência do crédito para a compra de veículos
registrou recorde em abril. Segundo dados do Banco Central (BC)
divulgados hoje (25), o nível de 5,9% no descumprimento de obrigações
financeiras pelos compradores de automóveis, em abril, é a maior da
série histórica iniciada em 2000.
Em relação a março, a inadimplência, considerados atrasos superiores a
90 dias, subiu 0,2 ponto percentual. Este foi um dos grupos de indicadores econômicos que o BC apresentou hoje.
Além disso, o BC adotou no final de 2010 medidas de restrição ao
crédito, parcialmente revertidas em 2011. Segundo Maciel, com isso, em
2011, o ritmo de expansão do crédito para veículos caiu para 23% e
atualmente está em torno de 17%.
“De meados de 2011 para cá, a postura mais conservadora dos bancos tem
sido importante para contenção, para melhorar a qualidade do crédito”,
destacou. Por isso, a expectativa do BC é de acomodação e de reversão da
inadimplência.
Os dados do BC também mostram que a média diária de concessões de
crédito para a compra de veículos caiu 4,6%, em abril, em relação a
março. Essa média ficou em R$ 337 milhões. No caso das concessões
acumuladas no mês, a queda foi de 13,2%, com R$ 6,747 bilhões.
Por conta dessa redução nos financiamentos de veículos, no último dia 21, o governo anunciou medidas de estímulo ao segmento.
Para Maciel, as medidas não devem mudar a postura das instituições
financeiras de cautela na concessão de financiamentos de carros.
Apesar disso, o economista avalia que esse tipo de crédito vai crescer
porque há aumento de demanda. “Os novos estímulos vão dar fôlego”,
destacou. Ele acrescentou que a diferença entre a situação atual e a de
2010 é que houve “uma lição aprendida ao longo desse período, que se
traduziu na maior cautela dos bancos”, disse.
Os dados do BC também mostram que houve queda na taxa de juros para a
compra de carros de 0,5 ponto percentual de março para abril, ao ficar
em 26% ao ano. O prazo médio para esse tipo de crédito caiu quatro dias
corridos, alcançando agora 515 dias. No mesmo mês do ano passado, estava
em 560 dias corridos.
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