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02/06/2012 - 17h10
Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
Brasília – Os consumidores devem tomar alguns cuidados na hora de
renegociar dívidas com as instituições financeiras. O economista da
Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida disse que antes de procurar
um credor, é preciso saber quanto pode pagar e fazer uma contraposta.
“Brasileiro não sabe renegociar dívida. Quando procura o credor,
acaba aceitando o que ele oferece. Primeiro, tem ver o quanto pode pagar
e sempre fazer uma contraposta”, disse. Em uma renegociação, é preciso
ter certeza se realmente é interessante aceitar a proposta. Uma dica é
procurar o Procon para conferir a proposta.
O professor de finanças da Faculdade Ibmec Marcos Aguerri Pimenta de
Souza destaca que quem está apertado com as contas deve evitar fazer
mais dívidas e elaborar um orçamento anual. Nesse orçamento devem
constar as despesas correntes (alimentação, transporte, moradia, lazer,
educação, faturas do cartão de crédito etc) e as despesas previstas e
sazonais como impostos (IPVA, IPTU, IRRF), datas comemorativas (dias da
Mães, dos Pais, da Criança, aniversários, Natal) e férias (julho,
dezembro).
“A partir desse orçamento, o consumidor deve fazer uma poupança
suficiente para cobrir todas estas despesas. Além dessa poupança, ele
deve fazer uma reserva financeira para despesas imprevistas como
manutenção do veículo, remédios, multas e outras despesas extras que
surgem ao longo do ano”, orientou.
“Obviamente que nesta reorganização das contas, espera-se que os
consumidores tenham uma disciplina para anotar e controlar as despesas, e
que tenham uma visão mais de longo prazo, ou seja, não planejar apenas
as semana ou o mês, mas planejar o ano como um todo”, acrescentou.
Para Aguerri, os brasileiros ainda são “muito imediatistas”. “
Talvez isso tenha ocorrido por termos vivido um longo período de
inflação em que se pressionava para o consumo imediato, somado ao fato
de que os brasileiros também sejam muito otimistas em relação ao futuro.
Tal otimismo nos faz acreditar que podemos consumir agora, mesmo não
tendo dinheiro para pagar à vista, mas que teremos melhores condições no
futuro para pagar em 'suaves' prestações”, destacou.
Na avaliação do professor de finanças, é preciso investir também na
educação financeira da população, esclarecendo lojistas, bancos e
consumidores. “Um cidadão educado financeiramente é muito bom para
todos. Reduz a inadimplência e mantém o consumo regular e constante, sem
altos e baixos. Isso promove maior produção e crescimento da economia
do país”, enfatizou.
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