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22/06/2012 - 21h45
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Flávia Villela e Thais LeitãoRepórteres da Agência Brasil
Edição: Lana Cristina
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Rio de Janeiro – Centenas de jornalistas reunidos na central de mídia
montada no Riocentro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, comemoraram com aplausos o
encerramento do evento, na noite de hoje (22).
Mais cedo, outro evento também disputou a atenção de repórteres no
centro de mídia: o jogo em que a Alemanha derrotou a Grécia por 4 a 2,
pelas quartas de final da Eurocopa. Assistindo à partida pelas telas de
computadores, eles comemoraram os gols com gritos abafados e abraços.
Segundo dados divulgados hoje pelos organizadores da Rio+20, mais de 45
mil pessoas participaram do encontro no Riocentro, entre elas 4 mil
profissionais da imprensa.
Jan Stejskal, único jornalista da República Tcheca, disse estar exausto
com a cobertura intensa. Pela primeira vez na América do Sul, ele
lamentou não ter tido oportunidade de conhecer a cidade. “Cheguei há
três dias, mas só vi o Rio pela janela. Como vou embora só na segunda,
amanhã vou dormir e depois quero aproveitar para visitar o Pão de
Açúcar. Vamos torcer para o tempo ficar bom”, disse ele, que está
hospedado em um albergue em Ipanema, zona sul carioca, por ter achado
elevado os preços dos hotéis.
Hospedados em um motel em Madureira, zona norte, jornalistas japoneses
também reclamaram do sistema hoteleiro da cidade. A paulista Ana Suzuki,
coordenadora da equipe da Nipon TV, criticou ainda a organização do
evento e a estrutura insuficiente para os jornalistas no Riocentro. “Não
encontramos vagas nos hotéis da cidade, por isso fomos parar em um
motel longe. Além disso, a internet wifi não funcionava direito e os
jornalistas tiveram que disputar os espaços onde havia internet por
cabo”, disse, ao fim da conferência.
A dificuldade de acesso ao local do evento foi citada como ponto
negativo por Ana Sukuzi. Segundo ela, as equipes foram obrigadas a
descarregar os equipamentos em locais distantes do pavilhão de imprensa.
“A ONU sempre organizou esses eventos muito bem e tudo isso nos deixa
preocupados com o que teremos que enfrentar durante os próximos grandes
eventos no Brasil, como a Copa do Mundo”, acrescentou.
Depois de dez dias trabalhando das 8h às 21h, o correspondente da
agência de notícias espanhola Efe Santiago Carnere aplaudiu entusiasmado
o fim do evento. “Não sei se produzimos bem, mas produzimos muito.
Amanhã, vou dormir o dia inteiro”, comentou o madrilenho, que avaliou
como positiva a organização do evento e reclamou apenas do
ar-condicionado que, segundo ele, estava muito forte e lhe rendeu uma
gripe.
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