__________________________
04/06/2012 - 10h47
.
.
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante//Matéria alterada para esclarecer informação às 13h01.
.
Brasília - A definição de um novo Código Florestal para o Brasil retoma
amanhã (5) a agenda do Congresso, com a escolha do senador Luiz
Henrique da Silveira (PMDB-SC) para assumir a relatoria na comissão
especial mista destinada a analisar a viabilidade constitucional,
jurídica e admissional da matéria. Até a meia-noite de ontem (3), quase
200 emendas já haviam sido apresentadas à medida provisória (MP) enviada
ao Parlamento pela presidenta Dilma Rousseff a fim de recompor os vetos
ao texto aprovado pelos congressistas.
Ele destacou que o alto número de emendas já apresentadas (quase 200)
não representa problemas. "Acredito muito na capacidade criativa dos
parlamentares. Quem sabe por meio de uma dessas emendas a gente encontre
motivo de superação das divergências”, disse o parlamentar.
Para ele, os pontos “mais traumáticos” foram resolvidos quando o
projeto de lei do Código Florestal tramitou no Senado e pela MP. Luiz
Henrique ressaltou que a presidenta Dilma Rousseff preservou, na medida
provisória, a maior parte do texto aprovado pelos senadores o que,
necessariamente não significa qualquer facilidade. Ao contrário, a
matéria foi praticamente toda alterada pelos deputados quando retornou à
Câmara para que fosse revista.
A flexibilização do código em vigor aos pequenos produtores e
agricultores, inclusive familiares, pode ser uma dessas vantagens na
negociação parlamentar. Dilma Rousseff, lembrou o senador, definiu que
essas pessoas terão que recompor apenas 5 metros da área ripária – matas
ciliares – quando as propriedades tiverem até 1 módulo fiscal. Já nos
imóveis de 1 a 2 módulos essa recomposição será de 8 metros e de 15
metros para os que tenham de 2 a 4 módulos.
Ele também citou o restabelecimento de área de proteção permanente
(APP) em 100 metros para os rios mais largos como fator que ajudará nas
negociações com os ambientalistas e ruralistas. “Isso favorece um
espectro de 95% dos agricultores brasileiros”, ressaltou Luiz Henrique.
De qualquer forma, o senador reconheceu que não será fácil a busca
desse entendimento. A partir da aprovação da matéria, com as
recomendações de mudanças ou não no mérito da MP, a matéria será
apreciada, separadamente, pela Câmara e pelo Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário