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04/06/2012 - 22h18
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Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
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A Medida Provisória 571/2012, enviada ao Congresso Nacional
pela presidenta Dilma Rousseff para resolver problemas deixados pelo
veto ao texto do novo Código Florestal, bateu recorde de recebimento de
emendas. A Secretaria de Comissões Mistas do Senado registrou mais de
600 sugestões de mudanças no texto até hoje (4), último dia de prazo
para parlamentares apresentarem seus destaques.
Desde que o Congresso passou a adotar o modelo de comissões mistas, que
analisam as sugestões de modificação antes das medidas provisórias
começarem a tramitar, nenhuma MP havia recebido tantas emendas. A medida
que mais tinha recebido emendas até agora foi a 568/2012, que trata da
reestruturação de carreiras de servidores públicos federais, com 480
destaques.
A partir de agora, o relator do texto da MP 571, senador Luiz Henrique
(PMDB-SC), terá que dizer em seu parecer quais delas irá incorporar ao
texto e quais rejeitará. Os trabalhos da comissão mista que irá analisar
a matéria começam amanhã (5), com reunião de instalação. A medida
começa a trancar a pauta da Câmara dos Deputados no dia 28 deste mês.
A Medida Provisória do Código Florestal foi editada pela presidenta
Dilma Rousseff depois que ela vetou diversos trechos do projeto aprovado
no Congresso. Com a edição da medida, a presidenta retomou o texto que
havia sido acordado pelo governo com o Senado e que foi alterado na
Câmara, principalmente pela bancada ruralista.
Entre os pontos mais polêmicos da MP, está o trecho que trata da
recomposição de áreas desmatadas irregularmente. Os deputados haviam
rejeitado a proposta de recomposição aprovada pelo Senado e instituído
anistia a quem desmatou. Mas a presidenta vetou o artigo aprovado pelos
deputados e recolocou o programa de recomposição florestal no texto da
medida provisória.
Mais cedo, o relator disse esperar que o alto número de emendas
sugeridas à MP sirvam para ajudá-lo a resolver o impasse criado pelas
diferenças entre os textos do Senado e da Câmara. "Acredito muito na
capacidade criativa dos parlamentares. Quem sabe por meio de uma dessas
emendas a gente encontre motivo de superação das divergências”, disse
Luiz Henrique.
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