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06/07/2012 - 18h18
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Jorge WamburgRepórter da Agência Brasil
Edição: Rivadavia Severo
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Brasília - O reflexo da crise internacional sobre a economia brasileira
é o principal motivo que o governo tem para não atender aos pedidos de
reajuste salarial de várias categorias de servidores que estão em greve,
pois os gastos com a folha de pagamentos, se todas as reivindicações
fossem atendidas, aumentariam em R$ 92,2 bilhões, segundo cálculos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão obtidos pela Agência Brasil.
O Ministério do Planejamento trabalha com a data de 31 de julho para
concluir a análise da pauta de reivindicações dos servidores, mas a
data-limite para conceder o reajuste é 31 de agosto, prazo final para o
envio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso
Nacional.
Atualmente, a folha de pagamentos dos servidores públicos do Executivo,
Legislativo, Judiciário, Militares e Ministério Público soma R$ 190
bilhões e só com o Executivo os gastos chegam a R$ 60 bilhões. Com os
reajustes pretendidos pelos servidores, a folha do Executivo mais do que
dobraria, chegando a R$ 150,2 bilhões.
Os gastos com o pagamento dos servidores públicos federais de todas as
áreas consomem 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e o aumento de R$ 92,2
bilhões na folha de pagamentos representaria mais 2% do PIB, de acordo
com os cálculos do Ministério do Planejamento que a Agência Brasil
teve acesso. Daí o cuidado com que o assunto vem sendo tratado pelo
governo, que, segundo o ministério, já fez mais de 140 reuniões nos
últimos três meses com diversas das mais de 30 categorias de servidores
públicos para discutir que eles apresentaram ao governo.
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