Ossami Sakamori
Crédito da imagem: Diário do Litoral
Felizmente, os feriados por conta da Copa do Mundo está a terminar. Foram 3 dias de meio feriado no Brasil todo, sendo ou não sedes do evento. O evento continua mas nos finais de semana até o término da Copa, no mês de julho, na cidade de Rio de Janeiro.
A imprensa noticia, como sempre, as meias verdades. Colocam nas manchetes o movimento de restaurantes e hotéis nas sedes do evento, devido ao afluxo de estrangeiros torcedores. Esquecem de comentar que o País parou nos dias que o time do Brasil esteve participando.
Já fiz matérias sobre isto. A realização da Copa 2014, ao contrário do que o governo divulgam, trouxe prejuízo líquido em termo de PIB. Lembrando que a Copa custou ao País R$ 50,8 bilhões. A conta como sempre ficou para o povo pagar nos próximos anos, compulsoriamente, em forma de impostos.
Neste início de semana, o boletim Focus do Banco Central divulgou a nova projeção de PIB do ano de 2014 em pífio 1,16%. Lembando que o orçamento da União foi baseado em projeção de crescimento para o ano de 2014 em 4,5%. No início deste ano, já apontava projeção do PIB para 2014 em 2,6%. Neste mês de junho, vai apontar crescimento negativo do PIB e é muito provável que o segundo trimestre termine com PIB negativo.
O quadro da economia não está nada bom. O setor industrial contribuiu com PIB negativo, já no mês de maio. No mês de junho, por motivos expostos o crescimento do PIB vai continuar em queda. Vamos considerar que, se o País conseguir fechar o PIB positivo, já seria um grande feito. Mas, com certeza o crescimento do PIB de 2014, será menor que 1%.
O governo Dilma, os analistas econômicos, empresários em geral estão atônitos com a repentina desaceleração da economia. Para este blog, isto não é novidade. A situação que hoje configura já era esperado por mim, baseado em pilares que sustenta a política econômica (sic) da Dilma.
O quadro se agrava se considerarmos que a desaceleração da economia vem acompanhado de crescimento da inflação. O quadro que denominamos de estagflação. A soma de inflação com desemprego é quadro bastante preocupante. Isto é consequência da política econômica equivocada, baseado em valorização do real ou desvalorização do dólar. O País passou da posição de exportador para importador. A Dilma preferiu criar emprego lá fora, em detrimento à criação de empregos aqui no Brasil.
A Dilma não vai propor nenhuma medida de impacto na área econômica para corrigir os equívocos cometidos. Pelo menos até o término de eleições, previsto para dia 26 de outubro, não tomará nenhuma medida estruturante na economia. Dilma fará, no máximo, lançamento de programas e promessas de mudanças. Nada fará para mudar a "sensação de bem estar" e a "sensação do poder de compra" do povo. Dilma quer se reeleger a todo o custo.
O terreno está fértil para as oposições ganhar as próximas eleições. Nem precisa mais ser candidato com muita luminosidade. Basta não falar besteira e propor a mudança que o povo quer. Detectar que mudança o povo quer, precisaria que os candidatos desçam do palanque e se misturem no meio do povo. Basta detectar os mais agudos problemas que o povo deseja de mudança.
Com o PIBinho e inflação, nem Dilma e tão pouco Lula vão ganhar eleições em outubro deste ano. Enfim, o Brasil vai experimentar os novos ventos, as novas brisas. A certeza que eu tenho que na próxima primavera, as brisas da primavera soprarão no Brasil, de norte a sul.
Dilma não ganha eleições, nem a pau!
Ossami Sakamori
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