AGÊNCIA SENADO
Copa: o mundo de olho no Brasil
Bilhões de reais investidos no maior evento do esporte mais popular do país. A fórmula parecia perfeita para agradar os brasileiros. Mas não foi só isso que o processo de organização da 20ª Copa do Mundo, que acontece de 12 de junho a 13 de julho em 12 capitais, revelou.
Atrasos nas obras, reajustes nos preços e cancelamentos principalmente de projetos de mobilidade urbana fizeram com que os brasileiros não se mostrassem tão satisfeitos com a realização do Mundial no país. Essa divisão da população entre a tradicional festa que acontece a cada Copa e a rejeição aos investimentos com o evento ficou clara em junho do ano passado, quando manifestações irromperam em diversas cidades do país, especialmente aquelas que sediaram a Copa das Confederações em 2013.
Toda a preparação do país às vésperas da Copa do Mundo é o tema da 20ª edição da revista Em Discussão!, com lançamento marcado para 23 de abril. Em 56 páginas fartamente ilustradas, a publicação apresenta um balanço das obras e dos gastos públicos – que foram fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União e pelo Congresso –, bem como das leis aprovadas para garantir a organização do evento.
A revista traz ainda pesquisa exclusiva do DataSenado que comprova que metade dos brasileiros aprova e metade desaprova a realização do Mundial no país. Enquanto isso, a destinação de dinheiro público para o evento é amplamente rejeitada: os entrevistados acham os gastos com a Copa um desperdício de dinheiro público que poderia ser aplicado em saúde, educação e segurança pública.
Ao mesmo tempo, a revista apresenta avaliações de senadores, autoridades do governo e de especialistas que apontam que o legado do evento será positivo. Eles citam a modernização da infraestrutura de aeroportos e mobilidade urbana das cidades, que, mesmo atrasada, pode dar grande impulso ao turismo no país. Também se baseiam em dados que apontam a geração de milhares de empregos e quase R$ 10 bilhões no PIB já registrados na Copa das Confederações.
Avanços na transparência dos gastos públicos também já podem ser contabilizados. Em comparação com os Jogos Pan-americanos de 2007, cujos gastos previstos foram multiplicados por dez, a organização da Copa do Mundo já definiu de maneira mais realista as responsabilidades de cada um dos envolvidos (União, estados, municípios e iniciativa privada), resultando em um controle mais eficiente por parte do TCU e do Congresso Nacional.
Ainda que haja questionamentos sobre os benefícios da Copa, o evento é visto como uma oportunidade para o país encarar não apenas o seu potencial, mas também os seus limites. Um resumo desse processo é o que o leitor de Em Discussão! encontra na mais nova edição da revista publicada pela Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal.
Veja a seguir, em 12 imagens, um balanço das obras em cada uma das cidades-sede do mundial.
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