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12/06/2012 - 19h06
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Débora ZampierRepórter da Agência Brasil
Edição: Rivadavia Severo
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Brasília – A Controladoria-Geral da União (CGU) declarou que a Delta
Construções é inidônea para contratar com o Poder Público, segundo
conclusões de um processo administrativo iniciado no dia 24 de abril.
Com esse entendimento, a empreiteira fica impedida de concorrer a
licitações da Administração Pública por pelo menos dois anos.
As apurações constataram que a empresa pagou, entre 2008 e 2010,
valores e bens a cinco servidores responsáveis pela fiscalização de
contratos entre a autarquia e a empresa. Para a CGU, a Delta “violou
princípio basilar da moralidade administrativa”.
A Delta também é alvo de apurações nos desdobramentos da Operação Monte
Carlo, que investigou esquema de corrupção articulado pelo empresário
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A quebra de sigilo fiscal,
telefônico e bancário da construtora foi solicitada pela Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
A portaria que declara a Delta inidônea será publicada amanhã (13).
Depois de dois anos, a empreiteira pode tentar reverter sua condição
caso prove que eliminou as irregularidades. Os servidores envolvidos em
ilegalidades no Dnit também estão respondendo a processos
administrativos na CGU.
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