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13/07/2012 - 18h03
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Bruno BocchiniRepórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
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São Paulo – Levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do
Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que
60% (1,5 mil) do total de pacientes que chegam ao centro por mês já
estão com doenças em estado considerado avançado e necessitam de
intervenção cirúrgica para tratá-las. O quadro é reflexo da baixa
procura por consultas regulares e exames preventivos por parte dos
homens.
O levantamento mostra que a maioria dos pacientes desconheciam suas
condições de saúde e ignoraram sintomas iniciais das doenças mais
comuns, adiando a busca por ajuda especializada. “Se tiver tudo em ordem
o urologista vai orientar para o homem voltar em um ano. Se tiver
problema, vai ser diagnosticado, tratado e, na imensa maioria das vezes,
é um diagnóstico precoce, em que a cura supera 90% dos casos”, disse
Claro.
O médico diz que as doenças mais comuns que podem ocorrer com o sexo
masculino após os 40 anos são câncer de próstata, que atinge cerca de
16% dos homens, e também problemas relacionados à bexiga e ao rim, onde
podem ocorrer câncer. O crescimento benigno da próstata, que atinge 100%
dos homens, alterações hormonais e cálculos renais também devem ser
acompanhados.
De acordo com o médico, logo ao nascer, o menino deve ser examinado por
um urologista, para checar a disposição dos testículos e se o pênis
teve uma formação adequada. É uma fase em que podem ocorrer tumores de
testículo. Depois disso, na puberdade ocorre outra fase em que pode
ocorrer o câncer, embora raro, nos testículos.
“Com o passar dos anos, com o envelhecimento, os problemas começam a
ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes. A partir dos
40, principalmente, é necessário acompanhar também se o paciente é
diabético, hipertenso, obeso, se tem colesterol alto ou se a parte da
função erétil está normal”.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o diagnóstico precoce permite
tratamentos menos agressivos e com maiores chances de cura. A
recuperação do paciente é mais rápida e os gastos com o procedimentos e a
hospitalização, menores.
Preconceito - De acordo com o médico o preconceito dos
homens em relação aos exames preventivos ao câncer de próstata está
diminuindo. O medo em relação ao câncer, segundo ele, também está
levando mais pacientes ao médico.
“Está aumentando muito [os casos de] câncer de próstata porque a gente
está diagnosticando muito mais. Entre todas as classes socioeconômicas
da nossa população, todo mundo conhece um vizinho, um primo, um amigo do
trabalho que teve câncer de próstata. Isso está gerando uma procura
muito maior pelos exames preventivos e pelo check-up anual, se compararmos com a realidade de alguns anos atrás”.
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