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13/07/2012 - 20h38
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Luciene CruzRepórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
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Brasília – Os representantes das instituições federais de ensino ficaram insatisfeitos com a proposta apresentada hoje (13) pelo governo.
Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino
Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não atende
às reivindicações da categoria.
“A proposta do jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é
a reestruturação da carreira, considerando uma carreira atrativa para
todos os níveis. Do jeito que está não contempla desde o professor
graduado até o professor com doutorado. Atende apenas a uma minoria”,
reclamou.
A próxima reunião entre representantes da categoria grevista e do
governo federal está agendada para dia 23 de julho. Até lá, a greve, que
dura 57 dias, continua. Segundo dados da Associação Nacional dos
Docentes do Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica
(Sinasefe), a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além
de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.
“Hoje estamos com quase 100% da base em greve. Vamos levar a proposta
às nossas bases, realizar assembleias para que retornemos ao governo com
nossa contraproposta. Esperamos que o diálogo possa acontecer”, disse. O
mesmo vai ocorrer entre os grevistas do Sinasefe, que também se
demonstraram “frustrados” após a reunião.
“A proposta deixa a gente muito frustrado, não discute a precarização
da educação brasileira e não apresenta nada aos técnicos
administrativos. Estamos muito insatisfeitos, vamos desenvolver o
trabalho democrático de ir para as bases com a proposta e discutir com a
nossa categoria, para dar retorno ao governo e dizer o que não nos
agrada nessa proposta”, disse o coordenador-geral do Sinasefe, Davi
Lobão.
Para o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro
Lins, a aceitação da proposta do governo pelos grevistas é apenas
questão de tempo. “Acredito que quando as propostas forem analisadas,
(os professores) vão reconhecer que esse foi um dos maiores avanços que
tivemos até hoje em termos de carreira do docente. Estou convencido que
eles vão gostar da proposta e propor imediatamente o retorno das
atividades do ano letivo e garantir que estudantes não tenham prejuízo”,
declarou aos jornalistas.
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